A proposta que apresento a seguir é de aulas para o 8o ano do ensino fundamental.
O livro didático segue História.Doc de Ronaldo Vainfas, Jorge Ferreira, Sheila Faria e Daniela Calainho. O uso do livro foi muito proveitoso em 2024. Boas atividades e encadeamento de conteúdos. Acho especialmente interessante as biografias de certas personagens históricas que acompanham a sequência dos conteúdos em cada capítulo.
O eixo-temático proposto para o 8o ano é Terra e Propriedade: Conflitos e Desigualdades. Essa escolha é tributária do meu trabalho ao longo dos anos com o material didático produzido pela professora Conceição Cabrini e outras autoras (História Temática e depois Projeto Velear). A experiência do ano passado trouxe bons frutos, com isso a organização da preparação para a Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB) cresceu e se consolidou, permitindo novas possibilidades. O teatro de Hibisco Roxo de Chimamanda Adichie estará constituído no PPP da escola em conjunto com a professor de português, abarcando as aulas de artes e PD3. Os debates dos livros seguem em um crescente com a interdisciplinariedade com as aulas de português. Penso agora em ampliar o número de debates para também preparar as estudantes para a ONU Simulada no ano seguinte.
As experiências impactantes entre as eleições de 2022 e a tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023 seguem como referencias orientadoras para as reflexões propostas. Agora referenciadas pela reeleição de Donald Trump e dos invasores do capitólio nos EUA, além das punições e sanções impostas aos criminosos no caso brasileiro. Analisar os conflitos e desigualdades gritantes de nossa sociedade, perceber o peso da violência ininterrupta no engendramento do pacto social ao abordar temas como a escravidão de indígenas e negros. Ao abordar o extermínio físico e cultural dos povos constituintes da nossa sociedade, conferir visibilidade às suas táticas e estratégicas na luta por existir e reordenar suas vivências e o mundo. Isso me parece não só uma possibilidade fértil, mas também moral e eticamente obrigatória. Um caso explícito de tudo isso, proposto na ONHB do ano passado, trabalhado com magníficos desdobramentos em 2023, por exemplo, é o contínuo genocídio das populações Yanomamis no norte do Brasil. Genocídio esse que continua no momento em que esse texto é escrito ou quando você o lê, mesmo diante de esforços ainda insuficientes do governo federal.
Os 4 temas acima se articulam com objetivos claros:
- Explicitar a importância da terra nos caminhos e descaminhos da humanidade.
A propriedade da terra, os conflitos pela terra e a desigualdade na distribuição da terra são marcas desses itinerários e constroem os espaços, as formas de sua ocupação e as possibilidades das itinerâncias dos sujeitos. A história em sua busca por estabelecer sentidos à existência humana ao longo do tempo se articula aqui com questões estruturadas e estruturantes relacionadas ao espaço, como a territorialidade dos Estados Nacionais Modernos e com o lugar de viver, espaço de morar ou terra natal de cada sujeito.
- Problematizar as diferentes dimensões da propriedade, entendendo-a na relação de forças da atual sociedade capitalista globalizante e midiática.
Surge aqui a necessária instrumentalização de alunas e alunos para a importância dos espaços e bens públicos, bem como sua construção enquanto sujeitos não apenas na dimensão individual, mas sujeitos sociais articulados a múltiplas formas culturais. Uma propriedade não apenas como direito ou dever, mas como uma espaço de conflito e marca da desigualdade, onde se afirmam e se silenciam sujeitos.
- Pensar o Brasil enquanto sociedade forjada e reafirmada cotidianamente pela violência.
Um passado marcado por invasões, estupros, escravidão, guerras e, principalmente, resistências. Os conflitos humanos disciplinados pela lógica capitalista reordenam os espaços das diferentes classes econômicas e grupos sociais, assim como as rebeldias se mobilizam. A atuação contra a lógica excludente do sistema e da construção de uma solidariedade que respeita, inclui e resiste.
- Reafirmar sempre o espaço do direito de ser diferente, mas não desigual.
Possibilitar olhares e fazeres atentos a diferenças, mas que se mobilizem contra as desigualdades econômicas, sociais, culturais e políticas. Construir, portanto, uma cidadania plural e atuante no sentido de um respeito ético e amoroso pelo meio ambiente, pelas culturas e pelas pessoas, onde a arte de ser floresça na subjetividade de cada um e na sociedade brasileira como um todo.
No 1o bimestre, darei continuidade ao meu trabalho de estudo das histórias de vida das estudantes. Para conhecer alunas e alunos, a ideia é aprender sobre suas histórias, estudar com eles sobre a história de suas famílias e suas trajetórias. O trabalho de biografia da avó ou do avô terá a centralidade de sempre, mas serei mais rigoroso na questão do tempo e um esboço será produzido em sala. É uma ferramenta única que articula meu historiar de suas experiências com a aprendizagem de cada estudante sobre as dimensões do saber histórico. Um envolvimento urdido por elas mesmas em diálogo comigo. Um fazer que inspira, que informa, mas que transforma, amplia horizontes.
Essa construção vai sendo composta e ampliada em conjunto, vai reconstituindo relações com o espaço escolar e urbano que nos envolve. Já possuo um bom material sobre a história do CEF 102 Norte e isso será um convite para que se envolvam com outras leituras do tempo e do espaço. A escola para onde convergem suas trajetórias do Paranoá Parque, do Itapuã, do Varjão, de Ceilândia ou de muito além. Trajetórias que como a de seus avós contam os cantos e recantos por onde passam. O sentido não é inseri-los no mundo, mas explorar o mundo que transborda de seus olhares. Minha proposta pode ser melhor conhecida em artigo acadêmico.
Estabelecendo esses pontos de partida orientadores do nosso processo conjunto de ensino-aprendizagem, nós iremos analisar a terra e a propriedade no mundo moderno. Um mundo moderno que busca se afirmar por novas formas de ser, pensar e possuir. O pensamento Iluminista, a Revolução Francesa e a Revolução Industrial são os laboratórios para refletirmos sobre terra e propriedade, sobre conflitos e desigualdades a partir de nossos olhares contemporâneos.
Objetivos de aprendizagem no Currículo em Movimento da SEDF:
•Promover no aluno interesse pelo conhecimento histórico, desenvolvendo a capacidade de perceber a historicidade de elementos presentes em nossa sociedade.
•Promover e capacitar no educando, potencialidades para a construção de seu conhecimento.
•Conceituar o Iluminismo e conhecer as ideias e suas críticas às características políticas e culturais dos séculos XVII e XVIII; conhecer alguns dos principais pensadores e ideias que defendiam.
- Analisar os impactos da Revolução Industrial na produção e circulação dos povos, produtos e culturas.
• Identificar e relacionar os processos da Revolução Francesa e seus desdobramentos na Europa e no mundo.
Indicações cinematográficas: Acercadacana, Rap: o Canto da Ceilândia, Brasília: Contradições de Uma Cidade Nova, Tempos Modernos
Como já mencionado acima, a primeira trilha avaliativa será a produção textual de uma biografia do avô ou da avó por parte de cada estudante. É, portanto, um trabalho de pesquisa e de produção de texto individual, que nunca teve prazo fixo, podendo depender do melhor momento para realizar uma entrevista direta com a avó ou avô. Nesse ano irei ser mais exigente com prazos e irei fazer um esboço inicial em sala de aula que já encaminhará o roteiro, sempre como referência e não uma exigência. Caso não seja possível contato com avô ou avó, o trabalho pode ser realizado com outra pessoa da família sobre o que se sabe da avó ou do avô. É possível corrigir a atividade quantas vezes cada estudante julgar necessário.
Eu considero esse o trabalho mais importante de toda a relação de ensino-aprendizagem que estabelecemos em sala de aula. No 4o bimestre do 9o ano, inclusive, cada estudante recebe seu trabalho de volta para realizar uma nova atividade. Portanto, a biografia vai muito além de uma simples redação, mas representa um documento histórico de múltiplas dimensões que produzimos em sala de aula e para muito além dela.
Essa trilha é obrigatória e será responsável por metade da nota desse bimestre.
A segunda trilha avaliativa será um trabalho coletivo de análise de documentos referentes à história do CEF 102. Os documentos são um conjunto de reportagens publicados entre o início dos anos 70 e a atualidade. Eles trazem algumas referências sobre o passado da escola, sinalizando usos, projetos e interesses envolvidos em seu engendramento. Essa análise de documentos históricos orientada irá compor com avaliação interdisciplinar da escola, o projeto COMVIVA, que no meu caso relaciona a história da escola com a Crise Climática atual.
A terceira trilha avaliativa será uma prova bimestral dissertativa com consulta realizada em sala.
No 2o bimestre, passaremos à análise dos conflitos que marcam o fim do Sistema Colonial, a independência da América Portuguesa e a formação de um Estado brasileiro. O objetivo não é apenas destacar a violência do processo, mas valorizar a diversidade e riqueza cultural dos povos envolvidos, bem como suas estratégias de existir e resistir. Ainda que pensando a terra, nesse "mundo atlântico" iremos nos debruçar sobre a cobiça gananciosa da manutenção da escravidão, a conquista de novos territórios através formas de aculturação e saque. No atual momento de genocídio contra o povo Yanomami e devastação causada pelo garimpo ilegal me parece fundamental reafirmar o caráter ininterrupto da invasão europeia, da pilhagem das riquezas das civilizações do Novo Mundo e da África, da exploração não só física, mas mental, espiritual e espacial dos conquistados e como o Brasil pretensamente independente não resolve, pelo contrário, aprofunda tudo isso.
Importante destacar que nesse período estarei participando da Olimpíada de História com as turmas de 9o ano e as turmas de 8o terão um primeiro contato com esse projeto. Aumentei significativamente o número de debates para semear a preparação para a ONU Simulada quando estiverem no 9o ano.
Objetivos de aprendizagem do Currículo em Movimento da SEDF:
• Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões.
- Discutir a noção de tutela dos grupos indígenas e a participação dos negros na sociedade brasileira.
- Caracterizar a organização política e social no Brasil desde a chegada da Corte portuguesa, em 1808, até 1822 e seus desdobramentos.
•Relacionar a crise do sistema colonial com transformações mundiais decorrentes da Revolução Industrial e da expansão da França napoleônica.
•Identificar e analisar o equilíbrio das forças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas durante o Primeiro Reinado.
Indicações cinematográficas: Guerras do Brasil.doc (episódios 1 e 2), A Última Floresta, Vidas Secas.
A primeira trilha avaliativa, dando sequência aos trabalhos individuais de pesquisa e produção de texto, é a escrita de uma redação sobre a moradia dos estudantes. Cada um deles, orientados por um roteiro, deve buscar historicizar sua propriedade (ou posse). Há essa valorização da escrita e da análise das próprias vivências das estudantes, mas o objetivo principal é conhecer ainda mais seus universos, como interpretam e representam suas realidades, trazendo suas vivências para o centro dessa discussão, convidando que sejam narradores de seus próprios espaços. Essa produção de texto irá compor com a avaliação interdisciplinar da escola (violência contra a mulher).

A segunda trilha avaliativa será um simulado construído a partir da 1a fase da ONHB 16, além de uma questão dissertativa de análise dos itens. Esse trabalho será feito em equipes, de maneira integrada e coletiva, em sala de aula. Essa trilha é obrigatória e será responsável por metade da nota desse bimestre.
A quarta trilha avaliativa relacionada ao projeto do Clube do Livro, será a leitura, fichamento e discussão do livro Morte e Vida Severina de João Cabral de Melo Neto. A ideia aqui é integrar o debate às discussões sobre migrações, ocupação do território, desigualdade e miséria na formação da sociedade brasileira. Perceber como essa errância dos sertões para os grandes centros (re)constroem o Brasil e os Brasis que o formam. Importante destacar que o livro já terá sido trabalhado nas aulas de português no 1o bimestre, o que além de interdisciplinar, amplia muito as possibilidades de compreensão da obra e suas potencialidades.
No 3o bimestre, nosso olhar para a Revolução Industrial, que avança da Europa para o restante do mundo, buscará o fazer-se da classe operária, que se articula aos nacionalismos. O objetivo é focar as rebeliões, revoltas e insurreições, que também marcam o Período Regencial, mas também o Segundo Reinado no Brasil. Iniciaremos a análise da Guerra do Paraguai e da luta abolicionista como palcos da reflexão. O pacto das elites em torno da escravidão e do poder centralizado no Rio de Janeiro é aqui pensado num cenário de pressões internacionais, em especial, do Reino Unido, que ganham contornos nítidos com a Lei de Terras de 1850 em paralelo à proibição do comércio de pessoas escravizadas.
As pressões contra as populações marginalizadas de indígenas, negros, mulheres, sertanejos e imigrantes, bem como suas estratégias de resistência seguem sendo uma referência para pensar a constituição da sociedade brasileira atual. Não apenas a estrutura agroexportadora latifundiária dos ainda senhores de engenho, barões do café e demais "coronéis" e sua governança política de uma nação que vai sendo inventada olhando para a Europa, mas atentar para tudo que tentam empurrar para debaixo do tapete com requintes de crueldade e muita violência.
Objetivos de aprendizagem do Currículo em Movimento da SEDF:
• Descrever os movimentos revolucionários do século XIX na Europa com relação às suas motivações, reivindicações e Ideologia.
•Relacionar as chamadas revoltas regenciais a embates políticos, econômicos e sociais do período e suas consequências.
• Identificar e analisar os processos econômicos, sociais e políticos (internos e externos) durante o Segundo Reinado.
• Reconhecer as questões internas e externas sobre a atuação do Brasil na Guerra do Paraguai e discutir diferentes versões sobre o conflito.
• Analisar os atores do processo de abolição da escravatura, enfatizando a Campanha Abolicionista protagonizada por negros escravizados e libertos
Indicações cinematográficas: Guerras do Brasil.doc (episódio 3), Germinal, Doutor Gama, 12 Anos de Escravidão, A Última Abolição
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Jornal sobre a Balaiada de 1838 |
A terceira trilha avaliativa será uma prova bimestral dissertativa com consulta realizada em sala. Essa trilha é obrigatória e será responsável por metade da nota desse bimestre.
Finalmente, a quarta trilha avaliativa, conectada ao projeto do Clube do Livro, será a leitura, fichamento e discussão do livro Manifesto do Partido Comunista de Karl Marx e Friedrich Engels. A ideia aqui é integrar o debate às discussões sobre a organização e engajamento das classes trabalhadoras, suas estratégias e táticas de resistência ao sistema capitalista cada vez mais hegemônico, mas nunca absoluto. Pensar inclusive os determinismos econômicos de suas leituras de mundo ante as fundamentais pautas da diversidade atuais.
Destaco que o livro foi bastante acessado pelas estudantes no ano passado, fomentando debates incríveis, ainda que persista a dificuldade com a linguagem difícil. Nesse sentido, os diálogos e discussões ganham uma dimensão ainda mais importante, não de defender o conteúdo, mas refletir sobre o momento em que foi produzido. Dessa forma, é importante lembrar que ele foi escrito como um panfleto político que manifestava os anseios de uma classe trabalhadora explorada e cada vez mais organizada.
O 4o bimestre é sempre mais corrido, tendo uma dinâmica diferente da dos demais bimestres. Além disso, já está bem estabelecido o diagnósticos dos potenciais de cada educanda e educando, encaminhando os objetivos e as habilidade não exatamente para uma culminância, mas para uma afirmação de suas autonomias. Sendo assim, já tenho por praxe adotar uma flexibilização maior. Nesse sentido, a definição dos objetivos e dos conteúdos tende a requerer mais paciência na forma de serem trabalhados, sendo mais importante articulá-los à tudo que já foi trabalhado.
O projeto para o dia da Consciência Negra (e Sarau) seguirá pela leitura do livro Hibisco Roxo da autora nigeriana Chimamamda Adichie, que será trabalhado como teatro, além de já ter sido trabalhado nas aulas de português no 3o bimestre. O projeto se consolidou, faz parte do PPP da escola e envolve também organização e ensaios nas aulas de português, artes e PD3 ao longo do 4o bimestre. Minha ideia é relacionar as trilhas avaliativas de modo a otimizar o tempo para todas e todos.
A expansão capitalista globalizante da Segunda Revolução Industrial seguirá sendo abordada, dessa vez através do imperialismo neocolonialista europeu e norte-americano. As resistências africanas e asiáticas sob o signo do sangue e da pólvora terão destaque para refletirmos as heranças sentidas até hoje por essas sociedades, bem como a desigualdade gritante com que povos e culturas são excluídos das oportunidades no mundo atual.
Objetivos de aprendizagem do Currículo em Movimento da SEDF:
•Identificar mudanças de mentalidade e de interesses em torno da questão da escravidão; analisar o processo de crise da monarquia no Brasil, detectando principais fatores que contribuíram para a Proclamação da República. Descrever transformações em relações de trabalho a partir do século XIX; contrastar o trabalho escravo com o trabalho livre e comparar condições do trabalhador ao final do século XIX com o da atualidade.
• Estabelecer relações causais entre as ideologias raciais e o determinismo no contexto do imperialismo europeu e seus impactos na África e na Ásia.
• Reconhecer os principais produtos, utilizados pelos europeus, procedentes do continente africano durante o imperialismo e analisar os impactos sobre as comunidades locais na forma de organização e exploração econômica.
- Conhecer e contextualizar o protagonismo das populações locais na resistência ao imperialismo na África e Ásia.
• Compreender o processo de expansão e dominação imperialista no século XIX, como um novo colonialismo e apontar seu desdobramento para a América Latina.
Indicações cinematográficas: EUA: A Luta pela Liberdade (ep. 1), A Mulher Rei, O Fantasma do Rei Leopoldo
A primeira linha avaliativa será produzir uma apresentação teatral com duas inspirações importantes. O Teatro do Oprimido de Augusto Boal, pensado e repensado no contexto da ditadura militar, e o Teatro Épico de Bertold Brecht. Mais uma vez o resultado das encenações foi maravilhoso, com elaboração dos roteiros pelas turmas. Existem vídeos no meu canal do YouTube.
Com turmas de 8o, alunas e alunos desenvolvem toda a prática teatral. Constroem os roteiros nas aulas de português do bimestre anterior. Selecionam o elenco, montam os cenários, dirigem, filmam e executam as falas. Isso é avaliado e potencializado com a integração das práticas de Artes e Língua Portuguesa. O papel da professora de português Elisa tem sido essencial nessa parceria interdisciplinar. Pretendemos referenciar melhor as demais professoras participantes.
A ideia é construir uma peça que represente o livro Hibisco Roxo de Chimamanda Adichie em cada uma das turmas. A culminância será a apresentação de uma cena no Sarau da escola.
As informações e material das encenações do ano passado irão ajudar. Essa trilha irá compor com a avaliação interdisciplinar da escola (Dia da Consciência Negra e a valorização da igualdade racial e manifestações culturais afrobrasileiras).
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Texto da Lei do Ventre Livre de 1871 |
A quarta trilha avaliativa, relacionada ao projeto do Clube do Livro, será a leitura, fichamento e discussão do livro Hibisco Roxo de Chimamanda Adichie. A ideia é integrar o debate às discussões sobre a violência neocolonialista contra as sociedades africanas, mas também suas poéticas de resistência através do olhar de uma importante autora africana.
O livro tem sido um sucesso retumbante. Eu e Elisa somos fãs, os debates se ampliam cada vez mais. Isso sem mencionar os maravilhosos teatros que realizamos. A leitura prévia ao longo do 3o bimestre nas aulas de português produziu uma compreensão incrível da obra.
Nesse bimestre não há uma trilha que seja obrigatória. As alunas e alunos são livres para escolher e agir como acharem mais interessante.
Encerro aqui como no ano passado. Como podem ver, há muita boa vontade e ideias a serem experimentadas. Acho que esse vai ser um ano de muita luta, mas até por isso, um ano de muitas transformações. Vivamos.