sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Dias felizes



Salve salve pessoas.. complementando o último post Dias Difíceis, venho hoje contar sobre uma nobre visita às minhas salas de aula hoje. Meu grande amigo Paulo Thiago foi comigo lá pra escola hoje assistir umas aulas, conhecer a escola, trocar ideia com a molecada e outras coisas mais. Até dar aula para uma das minhas turmas de 6o ano ele deu. Foi uma experiência sensacional, onde os estudantes ficaram muito interessados e onde eu pude discutir a minha prática e o meu cotidiano com uma pessoa que respeito enormemente, além de ser um grande amigo há quase 15 anos. 
É sempre bom dialogar e ampliar nossos horizontes. O dia de hoje permitiu a satisfação de perceber que os bons trabalhos podem sim ser multiplicados, articulados, semeados e desenvolvidos. Se pra reclamar tem muitos, também tem aqueles que querem fazer, que querem mudar. Obrigado pela visita, meu querido, e seja sempre bem vindo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Sempre as ordens. A visita me encheu de esperança e aumentou ainda mais minha admiração por você e minha fé na educação como meio de transformação. Me serviu para perceber que SIM, podemos fazer a diferença, mesmo que o desanimo as vezes bata a nossa porta, mesmo que a luta pareça inglória, mesmo que os resultados as vezes não sejam vistos (pelo menos não no curto prazo), mesmo que aparente ser um hercúleo ato de remar contra a maré. Tarefa as vezes solitária. Lute, e saiba que terás sempre um companheiro nessa batalha. Aos que não conhecem: Jorge - muito mais do que um historiador, do que um professor de história, um educador. Grande abraço

Daniel Mafra disse...

Velho tenho lido seu blog, como faz para comentar lá??
O movimento Fica Jorge foi a única bandeira levantada, desde que começaram as manifestações em junho, na qual eu acredito!
Acho massa esse levantamento e diagnóstico que você traçou no fim do 2º bimestre. Já acabou o 3º bimestre?
Acredito muito no trabalho que você faz meu velho! Só a educação salva! A evolução do 6ºC parece comprovar a sua capacidade de trabalhar com essa mulecada e de fazer a diferença na vida deles e no mundo!
A gente conversou sobre o impacto da viagem pra África. Quando você afirma:

"A questão é muito mais desconstruir essa África que nos é imposta todo o tempo, refletir sobre as razões de sua permanência e experimentar novas possibilidades de historicizar a cultura e as vivências de um continente tão próximo e tão diverso."

você coloca em palavras um sentimento que eu tenho vivo. Eu acrescentaria que, além de historicizar as vivências, experimentar novas possibilidades de vivenciar a cultura é uma necessidade de fortalecimento da nossa identidade enquanto brasileiros. Acho que, em teoria, é o que eu tento fazer com a capoeira que eu reproduzo e pratico com meus alunos, extrapolando a atividade física e marcial, nunca negligenciando-a, e evidenciando o lúdico, o social e o musical.

As merdas que os alunos fazem sempre mexem, é foda mesmo. Firmeza não pode faltar, quando acontece alguma coisa que eu não aprovo, a repreensão é doída, e suspender um aluno não agrada professor nenhum, principalmente quando é bom aluno. Mas quem vai na onda dos outros tem que se lascar junto mesmo.
Talvez, falando de capoeira, a linha seja um poco mais tênue, porque qualquer coisa o aluno simplesmente sai fora, depois de tempos de dedicação e atenção do professor, o fiduma vaza e nem olha pra trás, ainda fala mal pro safado que aceitou ele fingindo não saber o porque do afastamento. Mas a volta do mundo é grande e sempre reencontramos amigos e inimigos nas rodas da vida. Às vezes uma situação que acontece aqui vai ser resolvida daqui a 10 ou 20 anos lá na Dinamarca, ou no Uruguai... acontece!
A energia do professor esvazia tão facilmente quando jorra. Eu gosto de dizer que aluno é imagem do cão, quando quer, ou até sem querer, faz a gente pensar que tudo valeu a pena, mas no momento seguinte, faz a gente pensar em desistir. E não tem jeito, se o que fustiga não te mover, você morreu!

E vale a pena sim, porque além de toda a questão social e da responsabilidade do professor, é divertido demais ensinar uma coisa que você gosta e acredita.

E salve o PT !

Valeu meu velho!
Muito obrigado pelos textos!